 Editorial do primeiro número da Revista “El Servidor” (O Servidor)  editada em agosto de 1993
Editorial do primeiro número da Revista “El Servidor” (O Servidor)  editada em agosto de 1993
Ao editar esta revista estamos nos comprometendo a algo mais do que informar sobre acontecimentos, fatos e descobertas científicas, sociais, ecológicas, educacionais, ou seja, relacionadas com as distintas áreas da vida humana. Nossa intenção cala mais fundo, quer explorar o interior do homem, compreender sua realidade integral, imersa em suas circunstâncias, suas reações e atitudes frente a elas para que, partindo de “conhecer a nós mesmos”, possamos chegar a ser o que potencialmente somos como raça humana, uma intermediação a mais na infinita escala evolutiva planetária, do ínfimo ao transcendente, que em seguida se ampliará no cósmico e universal.
A denominação: “O Servidor: Boa Vontade em Ação” é um reconhecimento aos pioneiros da difusão dos ensinamentos do Mestre D.K. nestas terras austrais, seu discípulo Francisco Brualla e, posteriormente, Jorge e Rosa P. de Brualla, que atuaram como pedra fundamental ao semear as sementes desta filosofia de vida, baseada na aplicação prática da boa vontade e no estabelecimento de corretas relações entre os homens e as nações. Agora nós, o grupo da Fundação Lucis, que há anos recebemos e erguemos esta tocha de Luz e Amor que nos legaram, queremos buscar em união com nossos irmãos latino-americanos um meio para o esclarecimento e abertura das mentes de corações, para nos movermos corretamente neste mundo atual, conflituoso e, em muitos casos, violento, que é a expressão cabal dos erros que racialmente cometemos, ao fazermos um culto ao materialismo egoísta, enfatizando mais o ter do que o Ser.
Percebe-se hoje um clamor mais potente, porque o corpo mental da humanidade cresceu e agora é necessário qualificá-lo positivamente para promover uma mudança que renove as formas caducas, ativando as potencialidades latentes no homem para impulsionar as corretas relações através do espírito de participação e cooperação. A humanidade pode optar por fazê-lo por meios desnecessariamente cruéis e dolorosos ou começar pelo fundamental, que é a transformação da própria natureza, com a qual se reverterão as formas equivocadas de pensar e sentir e se transformarão os hábitos errôneos que nos levaram ao ódio e à separatividade.
Pretendemos trabalhar em nosso campo de serviço, a América Latina, para o nascimento de um novo homem com consciência grupal, que busque a união harmonizando os conflitos, impulsionando o bem, despojando a mente dos preconceitos, rancores e condicionamentos herdados, para criar novas formas de vida e convivência mais humanas e justas, que reafirmem os “Valores pelos Quais Viver”: o amor à Verdade, o sentido de Justiça, o espírito de Cooperação, o sentido da Responsabilidade pessoal e o Serviço ao Bem comum, para que do crisol de raças que constituímos, surja uma síntese mais perfeita, que possa ser um aporte positivo ao consenso mundial, enriquecendo o organismo vivente da humanidade.
Fundação Lucis
 
					 
 
 


