“… gostaria de dizer algumas palavras sobre o simbolismo que empregaremos ao fazer referência ao controle do ego e da personalidade. Tudo o que se diz a esse respeito procura definir e considerar o que é realmente indefinível, fugaz e sutil, e embora seja denominado de energia ou força, tais palavras não transmitem a ideia real. Portanto, ao ler e considerar este tratado de psicologia, é preciso ter em mente que falamos em símbolos, o que é inevitável, já que nos referimos à expressão da divindade no tempo e no espaço, e até que o homem fique conscientemente consciente da sua divindade e o demonstre, só é possível falar em parábolas e metáforas de significado simbólico, para que sejam corroboradas por meio da percepção mística e da Sabedoria do homem iluminado. Sem ter uma verdadeira compreensão do significado das palavras empregadas, diz-se comumente que nos ocupamos de forças e energias, as quais, à medida que seguem seu curso cíclico e atuam sobre outras energias e potências e se entremesclam com elas, produzem as formas de matéria e substância que constituem a aparência e expressam a qualidade das grandes e inclusivas Vidas e da Vida na qual tudo “vive, se move e tem seu ser”.
A consciência vai se desenvolvendo sequencialmente, uma vida após a outra, de uma existência para outra, reconhecendo e compreendendo que estas vidas são em si a soma total de todos os poderes e energias cuja vontade é criar e se manifestar. Mas, ao considerar referidas energias e forças, não é possível expressar a sua aparência, qualidade e propósito, salvo de forma simbólica.”